Encontrar-se no outro: Encontro Marista de Jovens Irmãos
Os corpos estavam começando a soltar-se, já não tão enrijecidos pelo frio climático do inverno gaúcho. O movimento começava com a primeira assessoria do Encontro Marista de Jovens Irmãos, conduzida pelo comunicador, diretor de teatro e psicodramatista, Armando Celia Júnior. Como se ouvissem Tom Jobim, “quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar”, os jovens Irmãos encontraram o olhar do outro.
Espontaneamente, a atividade foi conduzida para promover o encontro: de olhares, de gestos, de acenos, de corpos, de afetos. A partir da experiência do Pe. Champagnat, quando comoveu-se com o jovem enfermo Montagne, os jovens Irmãos, que participam do encontro, buscam enxergar de novo os motivos que os levam a acreditar e empenhar a missão começada há 200 anos. Por meio de dinâmicas, Armando Celia construiu um ambiente propício de abertura e de empatia, no qual um sentiu-se no lugar e no afeto do outro.
Caminhando, circulando, sentindo a música, deixando-se levar pelo clima de confiança, os olhares começaram a se encontrar. Um olhar procurando o outro, um abraço esperando o outro. Preparando-se para dois dias de imersão em obras sociais maristas, os irmãos buscaram colocar-se no espaço do outro para sentir, do mesmo modo, as motivações e o pulsar de vida. Enxergar com os olhos do outro, sentir, principalmente, o que o próximo necessita.
O encontro continua até dia 10 com diversas atividades de reflexão e imersão, principalmente a partir da experiência do Pe. Champagnat com o jovem Montagne: “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos”. Nos próximos dias, os jovens irmãos estarão inseridos em três experiências de solidariedade na capital gaúcha: Ilha dos Marinheiros, Ilha Pintada e Bairro Mario Quintana.
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