Evangelização das infâncias: compreender, ouvir, transmitir e acreditar na transformação
Marcelino Champagnat transmitiu para nós, Maristas, valores e ensinamentos que precisam ser cultivados todos os dias. A principal missão, dentre muitas outras que nos foram deixadas para serem cumpridas, é a de ‘’tornar Jesus Cristo conhecido e amado’’, na qual refere-se à evangelização, principalmente das crianças, adolescentes, jovens e dos mais necessitados.
Desde maio deste ano, o Grupo de Trabalho Evangelização das Infâncias reúne-se com o objetivo de, com o mesmo olhar de Champagnat, ver a criança como um sujeito de direito, constituindo referenciais e direcionamentos da evangelização das infâncias do Brasil Marista. O GT pretende elaborar até dezembro deste ano um documento que contribua, norteie e inspire as discussões e os diálogos sobre as proposições das crianças, como um desafio e propósito de trabalho.
Os segmentos de educação, evangelização e solidariedade estão agindo juntos com tais princípios e estão satisfeitos com os avanços das reuniões, que pretendem compreender melhor os desenvolvimentos e as potencialidades das infâncias nos diferentes ambientes e contextos. ‘’Os educadores, pastoralistas, irmãos, todos nós precisamos buscar conhecer e entender a criança, seu protagonismo e participação. A criança também opina e tem voz, é um sujeito de direito’’, declarou o assessor da área de Missão da UMBRASIL, João Carlos de Paula, que acredita que o resultado do trabalho desenvolvido pelo GT pode contribuir para a Igreja e todas as pessoas que trabalham com este público.
Diante de um mundo difícil com realidades próximas a miséria, a violência e outros males, a evangelização torna-se cada vez mais importante. O conceito de evangelizar está relacionado com anunciar uma boa notícia de salvação, anunciar a paz. A editora da revista Mãos Dadas, Elsie Gilbert, afirmou que ‘’a evangelização só é possível por meio da intervenção divina’’ e que, não é uma utopia a melhora e transformações dessas realidades e conceitos, nas quais, precisa-se caminhar junto, insistir e acreditar que é possível tais mudanças, cultivando a esperança da fé cristã.
Elsie Gilbert enfatiza também, que na caminhada de evangelizar é necessário estar atento ao que as crianças têm a dizer, e não só transmitir ensinamentos a elas. ‘’O evangelizador tem que ter uma caminhada com Jesus e precisa escutar as crianças. Só vamos ouvir se estivermos caminhando com ela’’.